MuCA - Amazônia

Belterra, PA, 2010, Institucionais

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Localizado em Belterra, às margens do Rio Tapajós, o inicialmente intitulado “museu de selva” é resultado de um projeto do Instituto Butantan, em conjunto com a Ama Brasil para a construção do novo Museu de Ciências da Amazônia – MuCA. Será implantado em uma área cedida pela SPU com características voltadas à visitação pública e educação científica, ambiental e saúde em um ambiente totalmente preservado. O extenso programa foi organizado para o acolhimento de pesquisadores, estudantes e população em geral.

A área de pesquisa do museu será dotada de uma sala para preparo de materiais para os laboratórios, recepção para animais peçonhentos e outros, com sala anexa para orientação e trabalho em grupos e um laboratório multidisciplinar com utilização para diversos fins, como por exemplo, microbiologia, zoologia, ecologia, etc. O setor de exposições será composto por área para mostras temporárias, com temas relacionados à saúde, meio ambiente e ciências, uma sala para coleções zoológicas com laboratório de apoio e uma área de exposição permanente de acervos e documentação da história da saúde em Belterra.

O programa educativo do MuCa tem como objetivo aproximar a comunidade local das pesquisas produzidas pelos cientistas na região, demonstrando o potencial da biodiversidade do território relacionado ao Rio Tapajós, compreendido como Baixo Amazonas, assim, espera-se que os jovens sejam capacitados para atuar ou mesmo empreender em áreas científicas, produtivas, turísticas e culturais focadas na preservação da floresta e seus recursos naturais. Como suporte educacional serão disponibilizados espaços para produção e oficinas culturais  e uma sala de projeção multimídia com capacidade para oitenta pessoas.

Para tanto, o partido de arquitetura toma como base o terreno circular para a implantação de um edifício quadrado com pátio central e aberturas para todas as faces. Sobre uma plataforma elevada do solo, a estrutura de madeira segue um simples, porém rigoroso, sistema modular para abrigar os programas do Museu, áreas técnicas e administrativas, bem como as áreas de interação e convívio dos visitantes. A circulação ou percurso pode ser feito seguindo o projeto expográfico ou, de modo informal, pela varanda interna coberta que encerra o pátio central. Amplas aberturas permitem a iluminação natural de forma lateral, evitando sombras sobre as bancadas de trabalho, além de favorecerem a ventilação cruzada que, consideradas as orientações do terreno e da própria construção, ampliam a eficiência energética da edificação.

Ficha Técnica